rip salinger

01Feb10

eu li “o apanhador no campo de centeio” no fim da adolescência, com toda aquela pressão que a gente sente quando começa a ler um livro de que todo mundo fala maravilhosamente bem. gostei muito do livro, mas precisei ler “franny e zooey” para entender a genialidade de salinger. “um dia perfeito para os peixes-banana”, incluído em “nove estórias”, também contribuiu para a impressão.

engraçado que, há uns anos, era bem difícil encontrar livros do salinger nas livrarias _vai ver que só em recife. mas lembro do quanto fiquei feliz quando minha tia chegou com uma caixinha com a trilogia de j.d, da editora do autor. os livros acabaram por entrar na lista de leitura imediata, logo pra mim que tinha (e ainda tenho) o hábito de comprar e até ganhar livros numa proporção meio incompatível com a velocidade de leitura.

fui ali pegar os livros. só consigo ler com um lápis na mão e adoro voltar às páginas para saber o que era importante na época em que li. abri o “nove estórias” aleatoriamente e encontrei, em ” a fase azul de daumier-smith”, o seguinte:

(…) Se até o momento você não respondeu a minha carta, então é melhor que não o diga mesmo. Talvez me tenha enganado e, a esta altura da minha vida, não desejo expor-me deliberadamente a uma desilusão. Prefiro continuar no escuro.

tão atual no começo quanto no fim da década pra mim  =)

a esquire é de 1997



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