os melhores tempos

29Dec09

Os bons tempos foram tão bons, e tantos, que fica difícil escolher. Seria quando você estava tão apaixonada -uma das vezes em que esteve apaixonada? Não, positivamente não.
Como se sofre quando se está apaixonada. A fragilidade de quem ama é de tal ordem que qualquer coisa pode fazer com que uma mulher, em segundos, passe da situação de ser a mais feliz do mundo para a de mais desgraçada do universo, e tudo depende dele, só dele.
Um telefonema inesperado, só para dizer que está com saudades, pode encher de alegria o coração de quem vive um amor. Mas qualquer atraso pode fazer com que uma mulher enlouqueça, literalmente, e faça as piores fantasias; naquele momento ela pode até achar que ele está num motel com a ex-esposa -é, mulher apaixonada fica insana- e que tinha razão quando achava que ele era mentiroso, fingido, e que as juras de amor ele fazia a todas.
Em parte todo homem merece que a mulher desconfie dele, e que ache, às vezes, que ele não vale nada. Na maioria das vezes ninguém vale tanto quanto a gente acha que vale quando está amando, mas esse é apenas um dos riscos que correm os que inventam se apaixonar.
O pior de tudo é que, quando se ama, se depende do outro para conseguir dormir, comer, fazer ginástica, dar uma boa risada, ler um livro, ir ao cinema, ser feliz, enfim.
Ou melhor: se depende do outro para viver. Agora, com a cabeça fria: dá para entender que todo mundo queira se apaixonar?
Mas tem também o outro lado: ser amada. E pior: ser muito amada. Quando um homem se apaixona, pode levar uma mulher à loucura, no melhor sentido -ou no pior.
No princípio, ela até gosta: qual a mulher que não adora ter um homem a seus pés?
Bem, até adora, mas durante um tempo, e em termos. O difícil numa paixão é não exagerar, não passar da medida, até porque quem ama demais está fadado a ser abandonado. O ser humano não costuma falhar, e nada faz com que uma pessoa se desinteresse mais rápido do que ter a certeza de que a outra está definitivamente conquistada.
Agora, a hora da verdade: quais foram os melhores tempos de sua vida? Sinceramente mesmo? Pois foram os tempos em que estava só e que não dependia de ninguém para ser feliz ou infeliz.

Danuza, minha musa, em Os melhores tempos (cliquem para ler na íntegra, vale MUITO a pena)

* a foto é de charlie engman



4 Responses to “os melhores tempos”

  1. Os melhores tempos da minha vida com certeza foram por volta dos 6 aos 12 anos, nenhuma dúvida nisso, eram tempos de absoluta felicidade, coisa que só as crianças conseguem

  2. 3 Ana

    não tem como ler na íntegra… só quem é assinante uol. 😛


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